O BRASIL POSSUI SATÉLITES EM ÓRBITA?

Países desenvolvidos são os principais “desenvolvedores” de satélites no mundo, a exemplo temos os EUA, China e União Européia. Nesse artigo iremos descobrir qual nível de participação do brasil na corrida espacial. Existem satélites brasileiros em órbita no mundo?

Os satélites possibilitam o mapeamento de territórios, a previsão do tempo e são fundamentais no desenvolvimento da telecomunicação.

Possibilitam transmissões globais de TV, operação de novos sistemas de telefonia (como o Iridium) e de navegação (GPS).

A Organização das Nações Unidas (ONU) é responsável pelo controle da ocupação da atmosfera terrestre, por meio da regulação e autorização de novos lançamentos. É responsável pela comunicação entre as principais agências espaciais do mundo.

O Programa Espacial Brasil foi criado em 1979, cerca de 20 anos após o início da corrida espacial do mundo. O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) é órgão responsável pelo desenvolvimento espacial do Brasil.

O primeiro satélite brasileiro só foi lançado em 1990, e desde então várias missões foram desenvolvidas, porém apenas nove satélites atingiram órbita espacial, os satélites em órbita estão descritos na tabela a baixo.

Tabela 1. Descrição dos satélites brasileiros em órbita

   Nome Países envolvidos Lançamento DOVE OSCAR 17 EUA, EU e França Janeiro de 1990 SCD 1 EUA Fevereiro de 1993 SCD 2 EUA Outubro de 1998 CBERS 1 China Outubro de 1999 CBERS 2 China Outubro de 2003 CBERS 2B China Setembro de 2007 CBERS 4 China Dezembro de 2014 NanosatC-Br1 Ucrânia e Rússia Junho de 2014 AESP – 14 EUA Lançamento *EUA – Estados Unidos da América; UE – União Europeia; SDC – Satélite de Coleta de Dados; CBERS – Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres

O programa CBERS é uma parceria entre o governo e chinês, para o desenvolvimento, e foi o mais bem sucedido, em relação a números de satélites em órbita. O artigo, Planet x CBERS 4A: qual o melhor satélite?, descreve as características do satélite e um pouco da história do programa.

No entanto, nem todas as missões foram bem-sucedidas, alguns equipamentos se perderam ou se destruíram ao cruzarem a órbita terrestre, como: SCD – Satélite de Coleta de Dados (2A); SACI – Satélite de Aplicações Científicas (1 e 2); SATEC – Satélite Tecnológico (1); UNOSAT – Undergraduate Orbital Student Satellite (1); CBERS – Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres 3.

A novidade de 2020 é o satélite Amazônia 1 fabricado no país. É o novo satélite que pode compor o portfólio brasileiro. Seu projeto foi baseado nos satélites SSR, projetado para o monitoramento da Amazônia e estudos ambientais, foi desenvolvido exclusivamente pelo Brasil, e terá lançamento na Índia.

É perceptível a dependência brasileira por tecnologia aeroespacial. Depender de outros países é um risco grande, principalmente, a respeito de tecnologias tão cruciais para nosso desenvolvimento social.

Investir em ciência parece ser o caminho mais rápido para sairmos dessa submissão. O desenvolvimento dessas ferramentas cria uma cadeia de benefícios não só na área espacial, mas em diversos segmentos da economia.

Autores: Éder Lêdo, Fernanda Helena, Raí Rebouças e Iderlan Alves